O logo da obra. |
Em algum ponto no futuro, foi desenvolvida uma tecnologia das mais chamativas para a humanidade. Era a criação dos Giftias, androides que possuíam uma capacidade muito especial, estando esta no envolto das emoções humanas. Para uma melhor definição, são robôs não limitados à aparência das pessoas, mas que também podem amar, ter ódio, sorrir, chorar, dentre as ações mais básicas de quaisquer ser humano durante toda a sua vida. É justamente o quesito longevidade que acaba dando o ritmo mais dramático para Plastic Memories em seu enredo.
Os Giftias possuem um período limitado de vida. O mesmo está estipulado em oitenta e um mil com novecentas e vinte horas, podendo ser algo próximo a nove anos e quatro meses de existência. Se vier à mente a ideia de que as pessoas com Giftias em suas casas acabam criando, inevitavelmente, um laço de coexistência harmoniosa com tais androides, então passa a a ser fácil imaginar que muitos de tais proprietários haverão de lamentar muito quando tal período de vida para estas criaturas chegar ao fim. Para fazer um controle disto, a SAI (empresa que criou os androides) acaba designando funcionários instruídos para ir às residências das pessoas e recolher os robôs que estão com o período de vida próximo do limite.
É neste contexto e ambiente que surge a figura do jovem Mizugaki Tsukasa. Ele acabou de ser contratado para trabalhar na SAI e encontra-se muito ansioso para iniciar as suas atividades (as quais ele ainda desconhece). Contudo, enquanto no elevador com destino ao seu local de serviço, o Tsukasa acabou se deparando com uma garota que chorava copiosamente. O rapaz nem poderia desconfiar que tal moça lhe proveria, em breve, inúmeros momentos de alegria e de tristeza.
Alguns pontos interessantes do episódio inicial de Plastic Memories...
Plastic Memories tem, em seu conceito mais básico, tudo aquilo que possa atingir o emocional de quem o assiste, seja para uma risada descompromissada ou para o ponto de lágrimas fortalecidas. Isto acaba se comprovando verdadeiro logo nos minutos iniciais desta estreia, pois o Tsukasa não apenas acaba tendo de trabalhar junto da jovem que encontrara anteriormente (sendo ela uma Giftia de nome Isla), como também notará que o seu cotidiano será muito afetado por diversas razões, todas elas baseadas justamente no fato de ele e sua parceira terem de recolher os androides cujas vidas se encontram próximas do fim.
O capítulo inicial deste anime foi emotivo, fascinante e colocou ainda mais fichas de responsabilidade sobre a obra, uma vez que o enredo é bem chamativo e que os personagens possuem um fator carismático bem alto. Em meio aos momentos de maior apelo emocional (em especial no final, quando uma senhora que se negava a entregar a sua Giftia acabou protagonizando, junto da androide, uma das mais tristes e belas cenas deste início de temporada), a obra deixou um espaço bem convidativo para a graça e o humor, muitos deles protagonizados pela dupla de protagonistas e também por outros membros do elenco, como a Kinushima Michiru e o seu simpático robô Zack (que por vezes haverão de acompanhar as ações do Tsukasa e da Isla bem de perto).
Tecnicamente, o anime não decepcionou em nenhum momento. Os cenários são belos e a animação fluiu bem (embora não no mesmo nível de impacto que o visual da obra proporcionou). Não houveram sequências de abertura e encerramento, mas as melodias entoadas foram certeiras, atingiram no ponto nos momentos mais oportunos e, com exímia categoria, soube emocionar. Plastic Memories teve, assim, um início dos mais respeitáveis desta temporada que está iniciando-se. Caso a obra mantenha este nível de trabalho durante sua exibição, deverá figurar entre os destaques de abril'2015 (e talvez do ano) com irrefutável categoria.
Que venha a emoção...
Momentos...
Clique nas imagens para vê-las em tamanho natural...
"Bem-vindo à SAI, Tsukasa!"
"O Giftia Zack mostra ter o dom para encantar os seus clientes..."
"A despedida de alguém que faz parte da vida deste casal por nove anos..."
"Tentando ser simpática e o resultado não poderá ser bom..."
"Alguém não quer entregar sua androide, e a Isla tem uma atitude inusitada..."
"A Isla está tendo muitas dificuldades para alcançar seu objetivo: oferecer chá
para poder criar um ambiente amigável, visando...
"...levar consigo a Giftia Nina, que está a cinco dias do seu fim."
"O limiar entre a vontade da resistência e a força de uma verdade triste e única."
"Momentos de grande comoção, profunda tristeza e lágrimas ao chão..."
"A situação real..."
Plastic Memories - Episódio #1
"O primeiro parceiro"
*** avaliação final: 8,5 pontos de 10,0 possíveis ***
"Mais lágrimas virão pela frente..."
Até a próxima!
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Muitas lágrimas virão, Carlírio. Eu posso sentir. Quando falaram sobre a lifespan dos Gfitias eu já comentei no twitter "Sinto cheiro de suffering" e logo depois não era só cheiro *cries*
ResponderExcluirEnfim, altas expectativas depois dessa estreia. Espero que o anime as cumpra. Essa comédia + suffering é ♥ demais.
BEIJOS,
Maah
Saudações
ExcluirNobre Maah, o estoque de baldas com grande capacidade tem de ser feito com extrema urgência, do tipo "para ontem", pois nada será muito fácil, não mesmo... E isto me alegra.
A estreia foi muito boa. As expectativas realmente cresceram. Espero que o anime não acabe atropelando em si mesmo, pois o enredo é bem maleável para tanto.
Grato!
Eu que fico contente por sua visita e pronto comentário.
Até mais!
Um episódio sincero, apresenta toda a tristeza que é ter um laço tão profundo que é finalizado, afinal nunca imaginamos que um vínculo formado com alguém especial venha a ter uma data de validade.
ResponderExcluirMas agradável, afinal mostra uma comédia inusitada, ao mostrar a Isla como a mais antiga, portanto gera uma expectativa dela ser a mais hábil para as adversas situações, onde quando posta a prova quebra qualquer esperança.
Acho que já tenho meu queridinho da temporada, pois adoro esse antropomorfismo de sentimentos humanos a máquinas.
Saudações
ExcluirSe analisarmos bem, nobre João, Plastic Memories possui algumas similaridades interessantes com Chobits e Eve no Jinkan (por exemplo). Ambas as obras tratam do sentimento antropomórfico entre humanos e máquinas, cada uma ao seu modo, e Plastic Memories parece engajar-se nisto, o que acaba soando muito agradável para mim.
Estou realmente esperançoso com esta obra.
Agradeço por sua visita e comentário, nobre.
Até mais!