O chamado na Torre de Tóquio...
Um pouco de nostalgia faz muito bem em dados momentos. Esta frase pode ( e de certa forma, deve ) ser aplicada também ao universo da animação japonesa. Para este humilde blogueiro, em um tipo de caráter quase obrigatório, relembrar de certos títulos que assistiu há mais de uma década atrás torna-se algo por demais gratificante.
Muitos são os animes que poderiam ser aqui citados. Mas, nesse momento, se faz preferir voltar ao distante ano de 1995, quando um certo título que levava a assinatura de qualidade do grupo CLAMP desembarcou em terras brasileiras, e na memória de quem escreve este texto passou à guardar um espaço único. Trata-se da aventura pelo mundo mágico de Cephiro ( Zefir, na dublagem conhecida ), onde três jovens terráqueas tiveram que batalhar atrás de certos anseios, em um mundo no qual a diferença entre o bem e o mal, na verdade, quase não existia...
O Mashin da Umi em ação.
Obviamente tudo que foi descrito no parágrafo acima vem à tratar-se do anime "Magic Knight Rayearth" ( "Guerreiras Mágicas de Rayearth" por aqui ). Possuidor de uma estória cuja qualidade era inquestionável, alinhada a um grupo de personagens extremamente cativantes, e de uma apresentação visual de grande naipe ( cujo áudio não ficava atrás ), "Rayearth" prendia as atenções deste humilde blogueiro todas as semanas. Sem maiores exageros, até hoje em dia ( com toda a evolução notável nas animações ), o trabalho apresentado em "Rayearth" é digno de elogios...
Acompanhar tudo que as jovens Lucy, Marine e Anne ( Hikaru, Umi e Fuu, no original ) passaram no mundo de Zefir foi muito interessante. Imaginar-se em mundo onde as vontades de uma pessoa ( o Pilar ) determina a harmonia do planeta inteiro pode lhe colocar em duas frentes: viver apenas em prol da felicidade dos habitantes do lugar ( onde os seus reais sentimentos e vontades tornam-se secundários ), ou abdicar desta responsabilidade e passar a pensar em si próprio ( mesmo sabendo que tal linha de raciocínio pode levar o mundo à sua destruição ).
A Fuu em combate.
Com base no descrito acima, as três garotas vindas diretamente de Tóquio tiveram que enfrentar várias situações e temores para tornarem-se Guerreiras Mágicas, e assim poderem salvar a Princesa Esmeralda, o Pilar de Zefir. Contudo, Zagard e seus aliados faziam o que podiam para atrapalhar a missão das garotas, até o confronto final. E, no limiar entre o certo e o errado ( ou entre o bem e o mal ), Zagard não era um vilão propriamente dito, pois ele estava apenas tentando manter viva a sua amada, que abdicou de suas responsabilidades com Zefir em prol de seus sentimentos: a amada de Zagard era a própria Princesa Esmeralda...
Com este estardalhaço em seus corações, as três garotas acabaram novamente regressando ao mundo de Zefir, que estava prestes à ser invadido por três planetas próximos: Autozam, Chizeta e Fahren. Em comum, os três citados mundos desejavam a obtenção do poder dado pelo sistema do Pilar, para assim dominar Zefir, e fazer uso deste mundo conforme fossem os seus anseios: para salvar a sua população ( Autozam ), para aumentar o seu domínio territorial ( Chizeta ) ou para dar alegria ao sofrido povo de Zefir ( Fahren ).
A Princesa Aska, de Fahren.
O prosseguimento das batalhas, alinhado à presença de mais personagens cativantes e outras duas inéditas ( não existentes no mangá, sendo elas a Nova e a Devonera ), e o surgimento de novos sentimentos e anseios, deram à segunda fase de "Rayearth" ainda mais emoção. Para as jovens aventureiras vindas da Terra, era a chance especial para a redenção em suas mentes e em seus corações, machucados em razão da batalha extremamente dolorosa contra Zagard.
Sem a menor sombra de dúvidas, "Magic Knight Rayearth" é um anime quase único. Mesmo levando-se em consideração certos fatores atuais.
Gostaria de aventurar-se no mundo mágico de Cephiro?
[ made in NETOIN! ]
Ótima lembrança!!!
ResponderExcluirEsse anime foi "o pulo do gato" do grandioso grupo CLAMP. =)
Eu acho que a primeira metade de rayearth foi de longe a melhor coisa que a clamp fez. De *longe*.
ResponderExcluirE se pensarmos bem ela foi bem linear – mas elas se valeram inteligentemente dessa linearidade. O grande trunfo era o "final shayalaman". se não fosse ele, a história seria competente, tratada na base do A+B+C, mas banal.
Infelizmente elas continuaram a história e a comprometeram. Uma pena.
Saudações
ResponderExcluir*Clair Akiyama: foi um grande anime, sem a menor sombra de dúvidas.
*Alexandre Lancaster: então não gostaste da segunda metade de Rayearth? De alguma forma, ás vezes penso que sou um dos poucos admiradores da série que preferiram a segunda metade da obra, ainda mais se analisarmos apenas a versão mangá da mesma.
Grato pelos comentários.
Até mais!